DANÇAS E CANTARES


A dança e o canto sempre estiveram presentes na vida da gente de Perre, como forma de expressar uma necessidade física, uma forma de ser e estar característica de um povo, um desejo que se eleva da alma, uma manifestação de alegria, associadas, quer ao trabalho do campo, quer às idas e vindas das romarias. De uma forma geral, os cantares aludem ao trabalho agrícola, aos santos padroeiros, ou ao amor. As danças por seu lado, acompanham o ritmo imposto pelos instrumentos; ritmo esse que nesta região do Minho distingue dois tipos de dança: o vira e a chula. Em ambas, os dançarinos descrevem formas graciosas ao ritmo das melodias saídas dos acordeões e dos instrumentos de corda.

De braços bem erguidos, rodopiando a cada passo, homens e mulheres dançam alegremente, procurando reproduzir o mais fielmente possível os passos de antigamente. As cantigas e danças recolhidas eram bailadas de acordo com diferentes situações e tipos de trabalhos agrícolas como: desfolhadas, malhadas, espadeladas, fiadas e dobadas de linho e/ou sachadas de milho. Outras eram próprias de encontros ou ajuntamentos casuais, ou não, de domingos e dias santos, pela tarde, em terreiros e/ou largos da aldeia, ou até mesmo nos adros das capelas onde, em grupos, cantavam e dançavam.

"Ai enleio que me enliaste,
Ai no mais alto do Arcipreste,
Ai eu quis enlear contigo,
Ai enleio tu não quiseste"

 

"Oh minha Rosinha
eu hei-de ir, hei-de ir,
Jurar a verdade
que eu não sei mentir (...)"

"Ai enleio que me enliaste,
Ai no mais alto do Arcipreste,
Ai eu quis enlear contigo,
Ai enleio tu não quiseste"

 

"Oh minha Rosinha
eu hei-de ir, hei-de ir,
Jurar a verdade
que eu não sei mentir (...)"

 

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